O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, preso preventivamente pela Polícia Federal, durante operação Acesso Pago, na manhã desta quarta-feira (22), será transferido para a superintendência da corporação em Brasília ainda hoje.
Segundo informações da coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, decisão é do juiz federal Renato Borelli, e no mandato de prisão, ele ordena que o ex-ministro participe de uma audiência de custódia nesta quinta-feira (23/6), às 14 horas, na sala de audiência da 15ª Vara Federal.
A operação mira Ribeiro e pastores suspeitos de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação (MEC) e na liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
A PF também cumpre mandados de busca e apreensão em endereços de Ribeiro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos — esses dois últimos são ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontados como lobistas que atuavam no MEC.
Com base em documentos, depoimentos e um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) foi possível mapear indícios de crimes na liberação de verbas do fundo. Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco de prisões em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.
Os pastores são peças centrais no escândalo do balcão de negócios do ministério. Como mostrou a Folha, eles negociavam com prefeitos a liberação de recursos federais mesmo sem ter cargo no governo.
Em áudio revelado pela Folha de S.Paulo, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disse que priorizava pedidos dos amigos de um dos pastores a pedido de Bolsonaro.
Na gravação, o ministro diz ainda que isso atende a uma solicitação do presidente Bolsonaro e menciona pedidos de apoio que seriam supostamente direcionados para construção de igrejas. A atuação dos pastores junto ao MEC foi revelada anteriormente pelo jornal O Estado de S. Paulo.
*com informações da Folhapress
Créditos (Imagem de capa): EVARISTO SA/AFP via Getty Images
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